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Bacurau

HIPER REALÍSTICOPois Bacurau me passou essa ideia. Assisti ontem, dia do ingresso de Júpiter em Capricórnio, signo da realidade máxima, da terra, do mundo real daqui, do tempo dessa vida, do corpo que temos, da família em que nascemos ou criamos, dos amigos que nos rodeiam, do trabalho que fazemos e do dinheiro que ganhamos. A tal realidade em que vivemos. Com Júpiter por aqui não há transcendência possível, o olhar é para o chão, no máximo para o horizonte, de cima o que vier acaba aqui na terra firme e sólida. E Bacurau narra um protagonismo terreno, super terreno, não há nada de impossível porque tudo está aqui nessa terra. A dor sofrida, a dor reagida, a dor perdida, todas as dores são bem reais, acontecidas, perpetuadas. Com Júpiter por aqui, tudo de agora em diante traz a dura face do real. Cada situação vivida precisa ser percebida pragmaticamente, no concreto mais raso, tipo não tem outro entendimento que não seja a prática mais óbvia da situação. Isso serve para isso, aquilo serve para aquilo, se te peço um martelo, me traga um martelo, e era isso! Sim, Júpiter por aqui amplia a rigidez do processo, não tem muita abstração possível, o mundo é este, imersão completa na nesta realidade, que de tão real é tão fantástica ao mesmo tempo.
Porém, porém, porém.....em se tratando de Júpiter-Zeus, tudo costuma dar certo, funcionar um pouco melhor do que antes. E mesmo aqui em Capricórnio planeta Terra, podem haver surpresas que nos inspirem a entrar mais fundo nesse reino. Bacurau é repleto delas! Qual é o Jogo jogado? Quem joga e porque joga? O que perpetua o Jogo? Que murmúrios são esses que soam em nossas cabeças? Num mundo como o que se apresenta, que consciência é essa?