NET-UNO
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E Netuno segue em Peixes, o seu signo, a sua Casa, o seu reino. Tem um tempo que ele está em suas águas. No final de sua Era, no final da Era de Peixes, nessa transição de tempos, nestes temporais. Netuno anda e andamos com ele, sutilmente vai permeando passo a passo o fim de um tempo. Perceba! Estamos começando, neste final, a prestar mais atenção e a enfatizar a importância da nossa interligação com cada outro ser. Cada vez mais, se prejudicamos alguém, nos prejudicamos; se nos prejudicamos, prejudicamos outras pessoas, outros seres. É uma outra moralidade, que está além de mim, além do EU, além de tentar me proteger de qualquer dor.
Já não dá mais para colocar as coisas todas dentro de regras rígidas de certo e errado, enfatizando o esclerosado maniqueísmo. Entender que essa necessidade está vinculada ao medo profundo de não termos onde nos agarrar, de que não há como evitar as dores que a vida apresenta.
Nosso Saturno interno, a necessidade que temos de nos sentirmos seguros pode criar muitas regras e muitas tentativas de evitação das fricções que surgem.
Necessariamente é preciso fazer amizade consigo mesmo. Isso significa, na astrologia, ir migrando de Mercúrio para Urano, da mente convencional para uma nova maneira de pensar, mais aberta, limpa e direta. Enfrentar a limitação que vemos, sentimos e vivemos é lançar-se no vazio, no incerto. Trabalhar com Saturno é trabalhar com a própria negatividade em si mesmo ou projetada. A própria agressão, desconfiança, violência em nós mesmos, ultrapassar as reações primárias, os julgamentos e apegos lunares mais primitivos como: quero/não quero, gosto/não gosto. Isso nos faz alçar territórios mais vastos, terras mais refrescadas no caminho. Um lugar de honestidade, de não agressão. A realidade que vivenciamos é trabalhável, o padrão habitual humano é livrar-se do sofrimento a todo custo jogando rapidamente a culpa em alguém ou em si mesmo. Em ambos os casos isso significa colocar “o erro” em pauta. E Netuno em Peixes pede outra atitude, outra forma, aponta um caminho de compaixão a partir da própria experiência sensível, sem esperança de segurança possível. É confiar no inconfiável.......